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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Sindicato de Policiais Civis fala em “favorecimento explícito” de Caiado à PM em Goiás

O principal alvo da crítica foi o anúncio recente do governo de criar 3.300 vagas de promoção para policiais militares e bombeiros, número que representa 25% do efetivo dessas corporações

Sindicato da Polícia Civil (Sinpol) vê tratamento desigual em relação a PM (Foto: Divulgação)

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Renato Rick, usou as redes sociais nesta quarta-feira (11) para acusar o governo de Goiás de promover um “tratamento desigual e discriminatório” entre as forças de segurança pública do estado. De acordo com ele, o governador Ronaldo Caiado (UB) e o secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, favorecem abertamente a Polícia Militar, enquanto marginalizam a Polícia Civil, mesmo diante dos resultados apresentados pela corporação.

“É impossível ignorar que o senhor não gosta da Polícia Civil”, afirmou Rick, dirigindo-se diretamente ao governador. “Fica cada vez mais evidente um rancor velado, ou talvez nem tão velado assim, contra uma instituição que tem lhe garantido os melhores resultados em segurança pública no país.”

O principal alvo da crítica foi o anúncio recente do governo de criar 3.300 vagas de promoção para policiais militares e bombeiros, número que representa 25% do efetivo dessas corporações. Para a Polícia Civil, em contrapartida, o governo prevê apenas 380 vagas de promoção até 2026, equivalente a 10% do efetivo da instituição.

“Não estamos falando de equidade, estamos falando de favorecimento explícito”, denunciou Rick. Para ele, a desproporção entre as forças não apenas expõe a falta de compromisso com a Polícia Civil, mas fere o princípio de isonomia entre os profissionais da segurança pública.

A crítica também foi estendida ao próprio secretário de Segurança Pública. “Não há como esperar imparcialidade quando o próprio secretário se torna o agente principal dessa disparidade institucional”, escreveu.

Renato Rick relembrou ainda a frustração da categoria com o recuo do governo em relação à reestruturação da carreira da Polícia Civil, que havia sido aprovada, mas foi posteriormente suspensa. “Ainda estamos tentando digerir o golpe imposto com a reestruturação da carreira”, disse.

Em tom de ironia, o presidente do Sinpol criticou a proposta de criação do Dia do Policial Civil e do Dia da Polícia Civil, que tramita na Alego. “Não temos valorização, não temos isonomia, não temos promoções, mas teremos duas datas comemorativas para nos lembrar que estamos jogados às traças com data marcada. É o retrato da política do pão e circo”, disparou.