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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Secretário de Saúde pede que auditoria do SUS inclua gestão Cruz: “Crise não começou agora”

Ele destaca que durante a gestão ada, a crise nas maternidades levou à suspensão de cirurgias, consultas e atendimentos de urgência

Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (28) e tratou sobre futuro da auditoria nas maternidades em Goiânia (Foto: Divulgação)

O secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, informou nesta quarta-feira (28) que solicitará oficialmente ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) a inclusão dos anos de 2022, 2023 e 2024 no escopo da auditoria em curso nas maternidades públicas da capital. A medida foi comunicada durante reunião com o diretor do DenaSUS, Rafael Bruxellas, realizada na sede da Prefeitura de Goiânia.

A auditoria foi aberta após pedido da vereadora Aava Santiago (PSDB), mas se restringe ao ano de 2025, sob a atual gestão. Para Pellizzer, essa limitação omite o período mais crítico da crise enfrentada pelas unidades, durante a istração do ex-prefeito Rogério Cruz e do ex-secretário Wilson Pollara.

“O que nos espanta é ela ter solicitado essa auditoria apenas para 2025, ignorando o que aconteceu na saúde municipal na gestão Rogério Cruz e Wilson Pollara. Já que ela não solicitou a auditoria para os anos anteriores, nós mesmos vamos solicitar. Precisamos entender o que aconteceu para a situação ficar caótica daquele jeito. Foi uma crise sem precedentes”, afirmou Pellizzer.

Durante os anos mencionados, a crise nas maternidades levou à suspensão de cirurgias, consultas e atendimentos de urgência. Houve também atraso no pagamento de funcionários e fornecedores, o que resultou na interrupção do fornecimento de insumos e medicamentos. Pacientes relataram à época falta de materiais básicos, como roupa de cama e itens essenciais para o atendimento.

O ex-secretário Wilson Pollara chegou a ser preso em 2024, acusado de envolvimento em esquema de pagamentos irregulares em contrato istrativo e por associação criminosa dentro da Secretaria Municipal de Saúde. Após a saída do ex-titular, outros dois nomes aram pela titularidade da pasta, antes de uma intervenção decretada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), à pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO).

Pellizzer argumenta que os efeitos da gestão anterior ainda impactam a atual istração. De acordo com ele, foi necessário o apoio do Governo de Goiás para que parte da rede fosse mantida funcionando. “A situação deixada foi de colapso. A auditoria precisa compreender as causas da crise, não apenas os desdobramentos atuais”, disse.