Glaustin cobra posição final da presidente do Podemos sobre fusão com PSDB
Enquanto o PSDB dá como certo o acordo, deputado federal cobra Renata Abreu sobre desfecho da questão
O deputado federal Glaustin da Fokus, que preside o Podemos em Goiás, revelou à coluna que cobrou pessoalmente junto à presidente nacional da sigla, Renata Abreu, um posicionamento definitivo sobre o processo de fusão e incorporação do partido com o PSDB, que se arrasta há pelo menos três meses e de acordo com ele, trava o planejamento eleitoral da legenda. O xeque-mate por parte do parlamentar goiano teria sido dado nesta quarta-feira (11).
“Pelo sim ou pelo não”, resumiu Glaustin em conversa com a coluna, ao defender que os filiados merecem uma sinalização clara sobre o futuro da legenda. De acordo com ele, a indefinição tem causado insegurança e atrapalhado o processo de montagem das chapas proporcionais, especialmente nos estados. Pelos lados do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo já dá como certa à questão.
“O Podemos prioriza a construção de chapas de deputados estadual e federal, enquanto o PSDB mira os projetos para o Executivo. Já não começa batendo”, afirmou. Crítico desde o início da proposta de fusão, Glaustin reforçou que segue contrário à união e que sua preferência é pela manutenção da autonomia do partido. “Minha torcida é para que isso não evolua”, disse.
O deputado revelou ainda que, na conversa desta quarta, cobrou diretamente de Renata Abreu que uma nota oficial seja divulgada nos próximos dias, esclarecendo a posição da Executiva nacional. “Quero que isso seja finalizado, seja pela incorporação ou não. Mas que haja um desfecho, porque já estamos há três meses paralisados. Isso causa instabilidade.”
Nos bastidores, outras lideranças do Podemos compartilham a mesma preocupação. A avaliação é que a demora no encaminhamento da questão gera incerteza no cenário pré-eleitoral e atrapalha alianças regionais. No caso de Goiás, por exemplo, Glaustin deixou claro que seu compromisso político é com o governador Ronaldo Caiado (UB), embora uma eventual composição com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), candidato natural à sucessão em 2026, ainda dependa de conversas.