.wp-block-co-authors-plus-coauthors.is-layout-flow [class*=wp-block-co-authors-plus]{display:inline}
Em observação

Veterinária descarta sintomas de gripe aviária em cisne morto no Zoológico de Goiânia

O exame identificou uma lesão próxima à asa do animal, o que pode ter contribuído para sua morte

Imagem ilustrativa
O cisne integrava grupo com outras 16 aves da mesma espécie (Foto: Freepik)

O cisne negro que morreu no Zoológico de Goiânia no último domingo (8) não apresentou sinais típicos de gripe aviária. A informação foi confirmada por Jamile França, supervisora da unidade e médica veterinária responsável pelo atendimento dos animais no local. Mesmo assim, o Zoológico permanecerá fechado por mais 10 dias.

De acordo com Jamile, o exame de necropsia identificou uma lesão próxima à asa do cisne, o que pode ter contribuído para a morte dele. “Ainda não sabemos se foi resultado de um ataque de outro animal ou de um confronto entre aves. A hipótese mais provável, até o momento, é que essa lesão tenha causado o óbito”, explicou.

Mesmo sem sintomas clássicos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), a direção do Zoológico, em conjunto com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), optou por realizar a coleta de amostras para análise laboratorial. O material foi encaminhado ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), localizado em Campinas (SP). O resultado dos exames deve ser divulgado em até 10 dias úteis.

A medida segue os protocolos nacionais de vigilância em saúde animal, especialmente em função do cenário de alerta para gripe aviária no país. A ocorrência foi oficialmente registrada no Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet).

Jamile destacou que o protocolo está sendo seguido com rigor, principalmente pela proximidade entre Goiânia e Brasília, onde foi detectado um caso de H5N1 em um irerê (espécie de pato) no zoológico da capital federal, em 3 de junho. “Por precaução e responsabilidade sanitária, decidimos não deixar dúvidas sobre a causa da morte e colaborar com o monitoramento nacional”, ressaltou.

O cisne morto no Zoológico de Goiânia fazia parte de um grupo de 17 aves da mesma espécie que vivem no parque. Segundo a supervisora, todas as demais aves continuam sendo observadas diariamente, incluindo as espécies silvestres que circulam pelo local. “Até o momento, nenhuma outra ave apresentou sintomas e não houve novos registros de morte. Isso reforça a suspeita de que não se trata de gripe aviária”, acrescentou.

Zoológico segue fechado por mais 10 dias

Como medida preventiva, o Zoológico de Goiânia continuará fechado até que o laudo do LFDA seja concluído em até 10 dias. A decisão atende às normas sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e pela Agrodefesa.

“O isolamento do local é uma etapa padrão sempre que há uma notificação. O fechamento é necessário para evitar, caso o vírus esteja presente, qualquer risco de disseminação”, explicou Jamile França.

A equipe do zoológico segue em vigilância permanente e novas informações devem ser divulgadas após a conclusão da análise laboratorial.